O Monumento à Baleação, da autoria do artista de renome internacional Pedro Cabrita Reis, é uma homenagem aos antigos baleeiros do concelho das Lajes do Pico.
O monumento, erguido precisamente no local onde, até aos anos 50 do século XX, desmanchavam os cachalotes, é uma espécie de pórtico gigantesco, coberto de mármore, a lembrar uma onda em movimento, com um vão na base a ligar a terra e o mar, o homem e o animal.
Nas duas faces do monumento estão gravados os nomes dos antigos baleeiros, a denominação das respetivas armações, os nomes dos construtores, assim como, dos botes e lanchas de reboque que construíram e que constam dos registos oficiais a partir do ano de 1954.
O Monumento à Baleação é a homenagem àqueles que, durante mais de um século, enfrentaram as baleias como forma de sobrevivência, contribuindo também para o desenvolvimento de uma atividade industrial que muito beneficiou a economia local.
Os traióis, até aos anos 50 do século XX, foram um sistema usado para aproveitamento dos cetáceos, uma forma de transformação do toucinho do cachalote em óleo antes da existência das fábricas ou de estruturas industriais de aproveitamento das baleias.
As estruturas de transformação e derretimento eram constituídas por uma rampa e uma plataforma de desmancho em pedra, e o traiol, uma pequena unidade de derretimento com dois grandes caldeiros, a céu aberto, através de um processo denominado “a fogo direto” na sua base, alimentado por lenha.